segunda-feira, abril 30, 2007

Clube dos corações solitários


Beatles. 1967. O álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band é o oitavo lançado pela banda britânica, depois de 129 dias de gravações, que corresponderam a aproximadamente 700 horas. Lançado no dia 1. de junho de 1967 na Inglaterra e no dia seguinte nos Estados Unidos, é considerado até hoje como inovador, desde a técnica de gravação até a inesquecível capa. Vendeu 11 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone colocou Sgt. Pepper's no topo de uma lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos. (Fonte: Wikipedia)

Hoje vim pra cá (sim, tô trabalhando na emenda do feriado, mas feliz!!!) cheia de inspiração, pensando em escrever um post sobre o amor verdadeiro. Daí, pimba! Essa informação me pegou de jeito e me nocauteou. O texto saiu num átimo e eu tô lá, concorrendo na promoção da Rádio Eldorado. Eu ia publicar o texto aqui, mas desisti... vai que depois eles me desclassificam por causa disso... Então, no dia em que a promoção acabar, volto aqui e publico meu texto de 800 caracteres. Quem quiser e tiver inspiração... corre lá, participar também.


sexta-feira, abril 27, 2007

A resposta!



Até que fiz a pergunta certa... (ao contrário da Vaca de Nariz Sutil...). E a resposta chegou. E vai virar post, viu, André? Prazer!!

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Pôxa, Silvia, assim você me deixa morto de vergonha... :D


Bem, senta que lá vem história! (meus amigos dizem que eu sou prolixo, e aqui eu vou abusar disso)


A internet é um troço engraçado. Se alguém conseguir decifrar o mecanismo que leva uma pessoa a clicar um link e não num outro, a assinar um feed e não um vizinho, ela fica rica. Eu tenho 58 feeds no meu bloglines, e essa lista aumenta e diminui o tempo inteiro.


Tenho quase certeza que eu cheguei aqui por algum link lá no Pérolas das AIs (que tem uma URL tão engraçada que eu me refiro intimamente a ele como "pelos meus sais"). E como eu cheguei lá? Não lembro, mas lembro porque eu fiquei por lá: eu tenho um amigo muito querido, uma das pessoas que eu mais amo no mundo, que se formou em jornalismo agora e trabalha, o pobrezinho, como assessor de imprensa; ler um blog que fala quase só dessa profissão é um modo de eu me sentir mais próximo dessa pessoa que está lá do outro lado do país, e tentando achar seu espaço numa profissão como essa, tão instingante mas tão sofrida também.


E por que eu fiquei aqui (assinei o feed) quando eu cheguei? Bem, porque você escreve coisas bonitas (tem motivo melhor?). As coisas que você diz, o modo como escreve, me fazem, enquanto leitor, "viajar" também, viver um pouquinho das coisas que você conta, me sentir de algum modo mais próximo de outra pessoa, mesmo que essa seja uma completa desconhecida. A internet permite essas coisas. Alguém que desvalorize liminarmente essa história dos contatos virtuais pode estar jogando fora muitas janelas para o coração das pessoas, e ficar confinado somente àquelas com as quais talvez nem tenha tanta afinidade, exceto o fato de morar no mesmo prédio ou trabalhar no mesmo lugar.


E sabe porque eu finalmente comentei? Porque o tema do post era algo com o que eu me identifico muito. Eu moro próximo da Paulista, e tenho um primo, outra das pessoas que eu mais amo no mundo, que mora em Osasco, bem próximo do Shopping Continental. Esse percurso aí eu já fiz muitas e muitas vezes, de ônibus. E eu não sei dirigir, nem quero aprender. Detesto carro. São Paulo só vai resolver o problema de trânsito quando encarar o automóvel particular como o que ele é efetivamente: um inimigo da cidade; o inimigo número 1 da cidade. Tudo bem, um inimigo com o qual temos que conviver, mas um inimigo mesmo assim. Diz a lenda que em Nova York até os executivos de Wall Street andam de metrô; aqui, os ricos e remediados usam o carro até para ir na esquina (e os pobres, que não têm carro, ficam sonhando em ter um).


Transporte público é civilização. Ponto. O poder público tem a obrigação de cuidar dele e melhorá-lo, e o cidadão deveria brigar por isso, e não simplesmente querer fugir dele, construindo o seu castelo de cristal motorizado. Quando eu penso que se gastou 1 bilhão para construir um monstrengo como o Túnel Ayrton Senna, onde não passa um único ônibus, me dá vontade de morrer de tristeza, ou então virar um terrorista, e dar cabo de quem fez tal coisa.


Pois é, eu comentei lá porque eu tinha algo a dizer. Eu posso até falar muita besteira, mas eu só abro a boca quando eu acho que o que eu tenho a dizer é relevante para alguém, ou original. Você jamais me verá escrevendo assim: "oi, legal o que você escreveu; passei aqui pra dar um abraço".


E quem sou eu? Bem, como diria minha mãe: "dolorosa interrogação..." :D Eu não tenho blog, nem sinto necessidade de ter no momento. Eu tive um blog secreto em 2003, mas que durou poucos meses e não está mais no ar. Mas eu vou em muitos blogs, e comento que nem um tagarela. Algumas das melhores coisas que eu escrevi na vida estão em caixas de comentários que eu não tenho a menor idéia de como encontrar novamente. Se eu fosse um super-hacker, eu inventaria um sistema para indexar todos os meus comentários espalhados na blogosfera nesses anos todos, e aí quem sabe revolucionaria o formato, criando um blog... só com comentários. :D


Mas tem uma referência que alguns podem conhecer. Eu sou irmão de um dos blogueiros mais respeitados da blogosfera, o Marcus do blog Velho do Farol (pagerank 4, viu? :D ). Pra mim, o blog dele é um dos melhores blogs de música em língua portuguesa, mas ele fala de muitas outras coisas também, e o elogio que eu fiz não tem nada a ver com o fato da gente ter dividido a mesma placenta. É que o cara é bom mesmo. Infelizmente, ele também é de lua, e só escreve quando dá na telha. Mas vale a visita. Vale mesmo. Vá lá e fique também vestido e armado com as armas de Jorge. É de chorar. Eu chorei, de verdade.




No blog dele tem um post escrito por mim. É só procurar no dia 19 de novembro de 2006, "As Filhas da Chiquita". Ah, sim: eu também amo muito ele, mas já estou ficando repetitivo... :D


E como André Pessoa também é utilidade pública, vou terminar esse comentário com a questão do MP3 (pois é, eu tenho múltiplos interesses... :D ). O iPod é uma das maiores enganações da história da tecnologia, e eu fico possesso só de ver as keynotes do Steve Jobs, presidente da Apple, que, para minha completa desolação, é amado pelos geeks. Eu estou doido para que ele vá para a cadeia por lá, num recente processo que está rolando, por manipulação de ações da empresa. Lembro que eu já me irritei uma meia dúzia de vezes com o Pedro Doria, que é um excelente jornalista e blogueiro, mas que comete o pecado mortal de ser um defensor perpétuo da Apple no Brasil. O iPod é frágil, cheio de recursos proprietários que não interagem com ninguém, e feito para tirar o dinheiro dos consumidores, tanto nos acessórios "picotados" (nada é completo na linha dele) quanto na necessidade de comprar periodicamente um novo. Se eu morasse nos Estados Unidos, jamais compraria um iPod, já que existem modelos bem melhores da Sandisk e Creative. Até mesmo o Zune, da Microsoft (sim, aquela que os geeks odeiam) é melhor que ele. O problema é que no Brasil o mercado é pequeno e a presença do iPod é avassaladora, sobrando como alternativa real de mercado somente os "Foston" (sic) bem baratinhos. "Imagem é tudo" (você deve saber disso), e os iPods são lindos. Eles não são porcaria não (longe disso), mas deveriam custar a metade do que custam. Eu, como estou no Brasil, vou comprar um MP3 player e tenho quase certeza que vou ter que morrer num iPod mesmo. :(


É isso. Beijos.

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Agora dá licença que vou lá conhecer o Marcus Pessoa.

Bom feriadão (pra quem tem a sorte de emendar, o que não será o meu caso)!!

quinta-feira, abril 26, 2007

André Pessoa, quem é você?




Esse meu blog é que nem cidade do interior, sabe? Eu conheço (ou acho que conheço) todo mundo que me visita, conheço a família, o "sobrenome"... Internet, afinal, é isso, interatividade. Mas teve o comentário tão simpático do André Pessoa, que eu queria ir no blog dele responder e tal. Mas cadê o link? Então, você sabe, jornalista tem esse defeito (ou seria qualidade?), a curiosidade exacerbada... Quem será o André Pessoa? Como será que ele chegou até aqui?? De onde ele me conhece? Olha só que comentário simpático:


André Pessoa disse...
Bem, eu sou um defensor ferrenho do transporte público. Todo mundo quer ter carro, mas se todo mundo tiver mesmo, a cidade pára. Mas esse tipo de coisa aí, ninguém merece. A sugestão mesmo é deixar um MP3 player de reserva, para ao menos gastar o tempo ouvindo boa música ou até uns podcasts.(meu primeiro comentário depois de meses lendo o blog; estou até emocionado...) :D


Claro que eu sei que a Internet é pública e coisa e tal... É como se eu subisse no coreto, no meio da pracinha pública, e escancarasse o meu coração, a minha alma. Mas eu não tenho link no Orkut, não só não tenho a pretensão de ter um blog altamente visitado e nem mesmo muito comentado, como tento evitar a fama. Pode parecer uma postura pedante, mas não é. Cautelosa, talvez. Porque vejo nos blogs mais famosos que junto com a quantidade, chega também a falta de qualidade, a agressividade, os comentários desagradáveis. Ninguém é obrigado a concordar com tudo o que você escreve. Então, por tudo isso, fiquei tão assustada assim com esse meu novo "querido leitor" (parafraseando a Rosana Hermann, que também leio todos os dias e nunca comento, igual que nem o André fazia aqui, antes de comentar meu post "Karma coletivo").


André, obrigada pela visita, que bom que você resolveu comentar! Mas acho muito convencimento da minha parte responder ao comentário de um leitor nos próprios comentários. Isso pressupõe que aquela pessoa te acha tão importante e que voltará necessariamente ao seu blog, e que irá abrir de novo a caixinha dos comentários, na esperança de você ter respondido pra ela. Mas eu sou muuuito mais modesta do que isso. (Tímida?? talvez...)


E o André? Será que ele vai voltar aqui? O que vai pensar desse post, dedicado a ele e a outros possíveis leitores anônimos (que passei a achar imediatamente que os tenho também...)


Bom, então, preciso mesmo comprar o tal MP3, seguindo os conselhos do Milton Toshiba (que não postou hoje, misteriosamente...) e do André Pessoa. Farei isso. Acho que será meu presente de Dia das Mães. Mas não comprarei Apple não, porque o iPod da minha filha pifou. E, buscando uma assistência técnica pra consertar o bichinho da maçã, olha o que eu encontrei, no lugar.... eu, hein?? Tô decepcionada com a maçã.

Aranha


Ela não era grande. Era gigante. Tentei matar, mas era quase do tamanho de um cachorro. E não consegui. Nisso gritei e acordei. Acordei também o Guilherme com o meu grito.

ARANHA Sonhar com aranhas é muito desfavorável. Ver uma aranha tecer a teia representa uma armadilha preparada pelos inimigos. Ver-se preso numa teia deve-se deduzir que certas pessoas espreitam o primeiro erro que se cometa. Mas matar aranha significa libertação de um obstáculo. Comer aranha é presságio de ruína completa. Deve-se acrescentar que a aranha representa também o medo da sexualidade. Grandes e negras- é um sinal de mau agouro; traição e rivalidade; cuidado com mulheres morenas. Pequenas- sua situação financeira melhorará, com a ajuda de parentes próximos.

Aranha
Os antigos livros de interpretação dos sonhos dizem que a aranha é um bom augúrio, sinal de boa sorte. É também o mandala, o centro de personalidade, devido à sua forma muitas vezes circular. No lado negativo, uma teia de aranha representa as dificuldades da vida e significa que você se sente sufocado. No lado positivo, conduz a um apelo à integração com o mundo e ao conhecimento de si mesmo. O número da sorte é 3294 e o bicho, veado.
Prefiro a segunda!

terça-feira, abril 24, 2007

Karma coletivo


Quem vive em São Paulo sofre. Esse é um fato. Agora, ontem o sofrimento foi maior.
Ônibus tão lotado, mas tão lotado que não tinha lugar nem pra pôr o pé, nem pra segurar e aquelas pessoas de camisa com tecido sintético - suadas - encostando em você, sabe??
Invadindo seu espaço pessoal, respirando aquele mesmo ar... Juro. Ninguém merece.

Escureceu, raiou um novo dia. Céu azul e coisa e tal. Õnibus chega junto comigo ao ponto, coisa boa. Até parece!!! Pelo menos hoje o coletivo estava mais vazio, tinha lugar pra sentar (OK, no corredor, onde as pessoas se debruçam sobre você, sem cerimônia nenhuma, mas pelo menos vim sentada).

Mas quem disse que o trânsito andava? Você conhece São Paulo? O trajeto do meu ônibus é pela Corifeu de Azevedo Marques, Vital Brasil, Rebouças e Paulista. Coisa simples. Em dia normal, coisa de 40 minutos, o trajeto total. Saio com uma hora de antecedência, pra garantir. Sabe como é, sou paulistana, prevenida. E me considero uma pessoa ultrapontual. Sou mega-preocupada em ser pontual. Pode ser loucura minha... Fazer o quê? Mas o fato é que hoje, levei quarenta minutos para chegar à Rebouças. Brincadeira?? Fala sério. Cheguei meia hora atrasada no trabalho.

Agora, até aí, tudo bem. Coisas dessa cidade maluca... O problema é que eu gosto de ler, nesse trajeto. Assim, sinto que aproveito meu tempo com alguma coisa útil. E quem disse que hoje eu conseguia ler? Tinha uma mocinha, estudante do último ano de faculdade, que faz seu TCC e que trocou de orientadora ontem... que não parava de falar. Não parava. Mesmo. Juro. Se a gente pode chamar uma pessoa de "chata", mas com a boca cheia, ela seria uma candidata natural ao adjetivo. A menina tagarelava tanto, mas tanto, que uma hora decidi fechar meu livro e ficar prestando atenção na conversa. Pra quê?? Ela devia fazer Fisioterapia. Só falava em acidentes, cicatrizes, cirurgia plástica, perebas, sangue, ataques de cachorros assassinos, coisas assim. Quem tem "estômgo" fraco tava perdido! Aquele busão, abafado, cheio (nessa hora já tinha lotado), o tal amigo da menina, com a namorada ao lado, tinha sofrido um acidente de moto, e ela queria saber os detalhes, e por aí vai... Daí a amiga queria contar alguma coisa e ela interrompia!! Juro! Nem deixava a menina falar. E té-té-té, té-té-té, té-té-té, té-té-té...... Olha, nem te conto... chegar aqui hoje foi uma aventura. E tanto.

Ainda bem que existe Lost na minha vida. Porque pelo menos eu tenho algo melhor pra pensar, do que em tudo o que aconteceu na manhã de hoje. Ninguém merece.

sexta-feira, abril 20, 2007

Terceira carta para Helena


(PS.: O começo dessa história tá lá no Consulta, se vc quiser se atualizar sobre os fatos)


Minha querida Helena,


Você está quase chegando e vem com tudo para revolucionar as nossas vidas. São duas avós, um avô e uma tia que vão ficar em polvorosa quando você finalmente chegar ao nosso mundo. Isso sem falar na sua mãe e no seu pai, claro.


No domingo passado, dia 15 de abril, eu te conheci. Pelo menos foi isso que eu senti quando vi aquele que chamam de ultrassom 3D. Minha querida menina Helena, você é liiinda!! Eu fixei meus olhos na telinha e fui descobrindo como são seus olhos (você até piscou pra mim!!!), sua mãozinha, seu narizinho, sua carinha que sua mãe chamou de brava, mas eu chamo de compenetrada... Por mais que eu fixasse o olhar e tentasse não piscar, algumas lagriminhas insistiram em sair dos meus olhos, que já viram tanta coisa, mas nada ainda parecido com você.


Minha doce Helena, chegue logo, com saúde e seja bem boazinha com a sua mamãe e com seu papai. É tudo novo para eles, assim como é tudo novo para você também. Eu consegui apenas uma semaninha de folga no trabalho pra ajudar com o seu banho, as suas fraldinhas... Você sabe, sou uma vovó moderninha, que "trabalha fora", no horário comercial tradicional, embora seja um site. Eu adoro o meu trabalho, Helena! Sabe, eu sou geminiana e me identifico com o meu signo. Você vai ser taurina e acho que a gente vai se dar muito bem!


Olha o que o Quiroga (um astrólogo) diz sobre a sua infância:

Crianças sossegadas, que procuram não entrar em encrencas. Sob os ares de calmaria ocultam-se tempestades emocionais que demoram para aparecer, mas quando o fazem colocam todo mundo em polvorosa. Fingem encaixar-se em todas as situações, mas quando se sentem magoadas, ocultam essa realidade e retiram a confiança das pessoas que a magoaram. Para sempre. Gulosas, se entregam ao prazer da comida.


Será que você vai ser assim? (ei, eu escrevi em polvorosa antes dele... não vale. Não vou trocar o meu, não...) Mas não importa. O que importa é que você tá chegando para mais uma aventura aqui na Terra junto com a gente.


Seja benvinda, Helena! Estamos na maior expectativa e muito empolgados com a sua chegada.


segunda-feira, abril 16, 2007

Dia da Boa Notícia




Acabei de saber desse fato: um belo dia, um importante portal da Internet instituiu o "Dia da Boa Notícia". A tese era que o mundo estava como estava porque a imprensa só publicava más notícias. Então, foi criado, no sistema de publicações das matérias, um campo onde o jornalista deveria clicar em "boa notícia" para que sua nota entrasse na home. Caso contrário, nada feito...
Acontece que a escolha do "Dia da Boa Notícia" foi muito especial. Tratava-se do fatídico (e trsitemente inesquecível) 11 de setembro. Os jornalistas que trabalhavam naquela redação e que tinham que clicar em "boa notícia" cada vez antes de publicar as notícias daquela tragédia têm pelo menos dois motivos fortes para não esquecer daquele dia jamais... Ironia do destino...

quinta-feira, abril 12, 2007

A faxina do PC

O PC voltou, tadinho, mas tá convalescendo. Preciso botar minhas coisinhas todas de volta.
Tá tudo bagunçado, aqui em casa, incluindo a vida familiar. Muda PC no trabalho, muda PC em casa... uma zona do crioulo doido.

Li no ônibus, entre anteontem e ontem, o livro “Cartas a um Jovem Poeta”, do Rilke e amei. Concordo com o Caetano sobre aquele papo de filosofar em alemão. Estudei alemão durante dois anos na USP (quando a Letras ficava na “Colméia”). O pouco que aprendi já esqueci. Portanto, li o texto em português mesmo. Livrinho de bolso, seis reais na banca de jornal. Nossa, como foi bem empregado esse dinheiro! Eu amei o livrinho. Em Literatura, lá na Letras, a gente estudou o tal do Rilke, de quem eu nunca tinha ouvido falar, sem lermos nenhuma linha dele. Coisas típicas da USP. Na ECA, no curso de fotografia a gente não tirou nenhuma foto. Apenas lemos o livro da Susan Sontag. No curso de jornalismo, fizemos apenas um jornal. Isso, um.

Mas voltando ao Rilke, gostei especialmente do que ele fala sobre escrever. O livrinho ta lá no Universia, então não vou fazer citação, apenas dizer o que ele disse, mas com as minhas próprias palavras. Ele diz que escrever tem que ser assim uma necessidade. Caso contrário, a pessoa perde o direito de escrever! Tem muito a ver com interiorizar-se para se conhecer melhor. Nessa hora, parei, dei uma olhada pela janela do coletivo, vi o céu azulado com aquelas nuvens desfocadas... Pensei: quem tem tempo de fazer isso, essas reflexões profundas sobre as suas motivações, curtir as suas tristezas (disso eu gostei bastante também) vivendo em uma metrópole como São Paulo? Quais das pessoas aqui do meu lado entenderiam essas colocações, feita em 1903, ora em Paris, ora em um castelo na Suíça?
Não sei se o mundo é justo ou injusto, se a vida naquele tempo/espaço era melhor ou pior do que a nossa, nós, paulistanos de 2007, da era da Internet, da ultra-informação e do hipertexto... Acho que foi por isso que gostei tanto de ler as cartas. Fora que ler correspondência alheia tem um quê de Big Brother... ou não? Pronto. Taí o link. E deixa eu voltar pra faxina do PC. Preciso achar onde foram parar minhas fotos. O bom mesmo foi que, afinal de contas, não queimou todo o HD. Yesss!!!
Achei que essa moça de coque é muito parecida comigo, virando avó logo mais.... A Helena já virou!!! E deu pra ver que ela tem franjinha, até, no ultrassom 3D.

terça-feira, abril 10, 2007

Ubatuba


Páscoa no Lázaro / Domingas Dias (foto) com amigos. Pé na areia, barulhinho do mar, céu com algumas nuvens, o que tornou o calor mais suportável, água de coco. A semana até fica mais leve, depois disso... Não acha?
PS.: Chuva com raios e trovões queimou placa-mãe, memória e fonte do PC. Pra completar, misteriosamente, a tela do notebook não "liga" mais. Essa é a explicação para o meu sumiço. Mas ainda essa semana, a parada se resolverá, se Deus quiser e os anjinhos rondarem de novo a minha casa, como sempre fazem.