Até que fiz a pergunta certa... (ao contrário da Vaca de Nariz Sutil...). E a resposta chegou. E vai virar post, viu, André? Prazer!!
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Pôxa, Silvia, assim você me deixa morto de vergonha... :D
Bem, senta que lá vem história! (meus amigos dizem que eu sou prolixo, e aqui eu vou abusar disso)
A internet é um troço engraçado. Se alguém conseguir decifrar o mecanismo que leva uma pessoa a clicar um link e não num outro, a assinar um feed e não um vizinho, ela fica rica. Eu tenho 58 feeds no meu bloglines, e essa lista aumenta e diminui o tempo inteiro.
Tenho quase certeza que eu cheguei aqui por algum link lá no Pérolas das AIs (que tem uma URL tão engraçada que eu me refiro intimamente a ele como "pelos meus sais"). E como eu cheguei lá? Não lembro, mas lembro porque eu fiquei por lá: eu tenho um amigo muito querido, uma das pessoas que eu mais amo no mundo, que se formou em jornalismo agora e trabalha, o pobrezinho, como assessor de imprensa; ler um blog que fala quase só dessa profissão é um modo de eu me sentir mais próximo dessa pessoa que está lá do outro lado do país, e tentando achar seu espaço numa profissão como essa, tão instingante mas tão sofrida também.
E por que eu fiquei aqui (assinei o feed) quando eu cheguei? Bem, porque você escreve coisas bonitas (tem motivo melhor?). As coisas que você diz, o modo como escreve, me fazem, enquanto leitor, "viajar" também, viver um pouquinho das coisas que você conta, me sentir de algum modo mais próximo de outra pessoa, mesmo que essa seja uma completa desconhecida. A internet permite essas coisas. Alguém que desvalorize liminarmente essa história dos contatos virtuais pode estar jogando fora muitas janelas para o coração das pessoas, e ficar confinado somente àquelas com as quais talvez nem tenha tanta afinidade, exceto o fato de morar no mesmo prédio ou trabalhar no mesmo lugar.
E sabe porque eu finalmente comentei? Porque o tema do post era algo com o que eu me identifico muito. Eu moro próximo da Paulista, e tenho um primo, outra das pessoas que eu mais amo no mundo, que mora em Osasco, bem próximo do Shopping Continental. Esse percurso aí eu já fiz muitas e muitas vezes, de ônibus. E eu não sei dirigir, nem quero aprender. Detesto carro. São Paulo só vai resolver o problema de trânsito quando encarar o automóvel particular como o que ele é efetivamente: um inimigo da cidade; o inimigo número 1 da cidade. Tudo bem, um inimigo com o qual temos que conviver, mas um inimigo mesmo assim. Diz a lenda que em Nova York até os executivos de Wall Street andam de metrô; aqui, os ricos e remediados usam o carro até para ir na esquina (e os pobres, que não têm carro, ficam sonhando em ter um).
Transporte público é civilização. Ponto. O poder público tem a obrigação de cuidar dele e melhorá-lo, e o cidadão deveria brigar por isso, e não simplesmente querer fugir dele, construindo o seu castelo de cristal motorizado. Quando eu penso que se gastou 1 bilhão para construir um monstrengo como o Túnel Ayrton Senna, onde não passa um único ônibus, me dá vontade de morrer de tristeza, ou então virar um terrorista, e dar cabo de quem fez tal coisa.
Pois é, eu comentei lá porque eu tinha algo a dizer. Eu posso até falar muita besteira, mas eu só abro a boca quando eu acho que o que eu tenho a dizer é relevante para alguém, ou original. Você jamais me verá escrevendo assim: "oi, legal o que você escreveu; passei aqui pra dar um abraço".
E quem sou eu? Bem, como diria minha mãe: "dolorosa interrogação..." :D Eu não tenho blog, nem sinto necessidade de ter no momento. Eu tive um blog secreto em 2003, mas que durou poucos meses e não está mais no ar. Mas eu vou em muitos blogs, e comento que nem um tagarela. Algumas das melhores coisas que eu escrevi na vida estão em caixas de comentários que eu não tenho a menor idéia de como encontrar novamente. Se eu fosse um super-hacker, eu inventaria um sistema para indexar todos os meus comentários espalhados na blogosfera nesses anos todos, e aí quem sabe revolucionaria o formato, criando um blog... só com comentários. :D
Mas tem uma referência que alguns podem conhecer. Eu sou irmão de um dos blogueiros mais respeitados da blogosfera, o Marcus do blog Velho do Farol (pagerank 4, viu? :D ). Pra mim, o blog dele é um dos melhores blogs de música em língua portuguesa, mas ele fala de muitas outras coisas também, e o elogio que eu fiz não tem nada a ver com o fato da gente ter dividido a mesma placenta. É que o cara é bom mesmo. Infelizmente, ele também é de lua, e só escreve quando dá na telha. Mas vale a visita. Vale mesmo. Vá lá e fique também vestido e armado com as armas de Jorge. É de chorar. Eu chorei, de verdade.
No blog dele tem um post escrito por mim. É só procurar no dia 19 de novembro de 2006, "As Filhas da Chiquita". Ah, sim: eu também amo muito ele, mas já estou ficando repetitivo... :D
E como André Pessoa também é utilidade pública, vou terminar esse comentário com a questão do MP3 (pois é, eu tenho múltiplos interesses... :D ). O iPod é uma das maiores enganações da história da tecnologia, e eu fico possesso só de ver as keynotes do Steve Jobs, presidente da Apple, que, para minha completa desolação, é amado pelos geeks. Eu estou doido para que ele vá para a cadeia por lá, num recente processo que está rolando, por manipulação de ações da empresa. Lembro que eu já me irritei uma meia dúzia de vezes com o Pedro Doria, que é um excelente jornalista e blogueiro, mas que comete o pecado mortal de ser um defensor perpétuo da Apple no Brasil. O iPod é frágil, cheio de recursos proprietários que não interagem com ninguém, e feito para tirar o dinheiro dos consumidores, tanto nos acessórios "picotados" (nada é completo na linha dele) quanto na necessidade de comprar periodicamente um novo. Se eu morasse nos Estados Unidos, jamais compraria um iPod, já que existem modelos bem melhores da Sandisk e Creative. Até mesmo o Zune, da Microsoft (sim, aquela que os geeks odeiam) é melhor que ele. O problema é que no Brasil o mercado é pequeno e a presença do iPod é avassaladora, sobrando como alternativa real de mercado somente os "Foston" (sic) bem baratinhos. "Imagem é tudo" (você deve saber disso), e os iPods são lindos. Eles não são porcaria não (longe disso), mas deveriam custar a metade do que custam. Eu, como estou no Brasil, vou comprar um MP3 player e tenho quase certeza que vou ter que morrer num iPod mesmo. :(
É isso. Beijos.
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Agora dá licença que vou lá conhecer o Marcus Pessoa.
Bom feriadão (pra quem tem a sorte de emendar, o que não será o meu caso)!!
Eu vendi meu ipod, nao usava e agora tenho no smartphone, internet, emails, camera, mp3 e radio online....
ResponderExcluirTudo em um no motoQ
:)
bom fim de semana Silvia
MiltonToshiba
bjs