Esse meu blog é que nem cidade do interior, sabe? Eu conheço (ou acho que conheço) todo mundo que me visita, conheço a família, o "sobrenome"... Internet, afinal, é isso, interatividade. Mas teve o comentário tão simpático do André Pessoa, que eu queria ir no blog dele responder e tal. Mas cadê o link? Então, você sabe, jornalista tem esse defeito (ou seria qualidade?), a curiosidade exacerbada... Quem será o André Pessoa? Como será que ele chegou até aqui?? De onde ele me conhece? Olha só que comentário simpático:
André Pessoa disse...
Bem, eu sou um defensor ferrenho do transporte público. Todo mundo quer ter carro, mas se todo mundo tiver mesmo, a cidade pára. Mas esse tipo de coisa aí, ninguém merece. A sugestão mesmo é deixar um MP3 player de reserva, para ao menos gastar o tempo ouvindo boa música ou até uns podcasts.(meu primeiro comentário depois de meses lendo o blog; estou até emocionado...) :D
Bem, eu sou um defensor ferrenho do transporte público. Todo mundo quer ter carro, mas se todo mundo tiver mesmo, a cidade pára. Mas esse tipo de coisa aí, ninguém merece. A sugestão mesmo é deixar um MP3 player de reserva, para ao menos gastar o tempo ouvindo boa música ou até uns podcasts.(meu primeiro comentário depois de meses lendo o blog; estou até emocionado...) :D
Claro que eu sei que a Internet é pública e coisa e tal... É como se eu subisse no coreto, no meio da pracinha pública, e escancarasse o meu coração, a minha alma. Mas eu não tenho link no Orkut, não só não tenho a pretensão de ter um blog altamente visitado e nem mesmo muito comentado, como tento evitar a fama. Pode parecer uma postura pedante, mas não é. Cautelosa, talvez. Porque vejo nos blogs mais famosos que junto com a quantidade, chega também a falta de qualidade, a agressividade, os comentários desagradáveis. Ninguém é obrigado a concordar com tudo o que você escreve. Então, por tudo isso, fiquei tão assustada assim com esse meu novo "querido leitor" (parafraseando a Rosana Hermann, que também leio todos os dias e nunca comento, igual que nem o André fazia aqui, antes de comentar meu post "Karma coletivo").
André, obrigada pela visita, que bom que você resolveu comentar! Mas acho muito convencimento da minha parte responder ao comentário de um leitor nos próprios comentários. Isso pressupõe que aquela pessoa te acha tão importante e que voltará necessariamente ao seu blog, e que irá abrir de novo a caixinha dos comentários, na esperança de você ter respondido pra ela. Mas eu sou muuuito mais modesta do que isso. (Tímida?? talvez...)
E o André? Será que ele vai voltar aqui? O que vai pensar desse post, dedicado a ele e a outros possíveis leitores anônimos (que passei a achar imediatamente que os tenho também...)
Bom, então, preciso mesmo comprar o tal MP3, seguindo os conselhos do Milton Toshiba (que não postou hoje, misteriosamente...) e do André Pessoa. Farei isso. Acho que será meu presente de Dia das Mães. Mas não comprarei Apple não, porque o iPod da minha filha pifou. E, buscando uma assistência técnica pra consertar o bichinho da maçã, olha o que eu encontrei, no lugar.... eu, hein?? Tô decepcionada com a maçã.
Pôxa, Silvia, assim você me deixa morto de vergonha... :D
ResponderExcluirBem, senta que lá vem história! (meus amigos dizem que eu sou prolixo, e aqui eu vou abusar disso)
A internet é um troço engraçado. Se alguém conseguir decifrar o mecanismo que leva uma pessoa a clicar um link e não num outro, a assinar um feed e não um vizinho, ela fica rica. Eu tenho 58 feeds no meu bloglines, e essa lista aumenta e diminui o tempo inteiro.
Tenho quase certeza que eu cheguei aqui por algum link lá no Pérolas das AIs (que tem uma URL tão engraçada que eu me refiro intimamente a ele como "pelos meus sais"). E como eu cheguei lá? Não lembro, mas lembro porque eu fiquei por lá: eu tenho um amigo muito querido, uma das pessoas que eu mais amo no mundo, que se formou em jornalismo agora e trabalha, o pobrezinho, como assessor de imprensa; ler um blog que fala quase só dessa profissão é um modo de eu me sentir mais próximo dessa pessoa que está lá do outro lado do país, e tentando achar seu espaço numa profissão como essa, tão instingante mas tão sofrida também.
E por que eu fiquei aqui (assinei o feed) quando eu cheguei? Bem, porque você escreve coisas bonitas (tem motivo melhor?). As coisas que você diz, o modo como escreve, me fazem, enquanto leitor, "viajar" também, viver um pouquinho das coisas que você conta, me sentir de algum modo mais próximo de outra pessoa, mesmo que essa seja uma completa desconhecida. A internet permite essas coisas. Alguém que desvalorize liminarmente essa história dos contatos virtuais pode estar jogando fora muitas janelas para o coração das pessoas, e ficar confinado somente àquelas com as quais talvez nem tenha tanta afinidade, exceto o fato de morar no mesmo prédio ou trabalhar no mesmo lugar.
E sabe porque eu finalmente comentei? Porque o tema do post era algo com o que eu me identifico muito. Eu moro próximo da Paulista, e tenho um primo, outra das pessoas que eu mais amo no mundo, que mora em Osasco, bem próximo do Shopping Continental. Esse percurso aí eu já fiz muitas e muitas vezes, de ônibus. E eu não sei dirigir, nem quero aprender. Detesto carro. São Paulo só vai resolver o problema de trânsito quando encarar o automóvel particular como o que ele é efetivamente: um inimigo da cidade; o inimigo número 1 da cidade. Tudo bem, um inimigo com o qual temos que conviver, mas um inimigo mesmo assim. Diz a lenda que em Nova York até os executivos de Wall Street andam de metrô; aqui, os ricos e remediados usam o carro até para ir na esquina (e os pobres, que não têm carro, ficam sonhando em ter um).
Transporte público é civilização. Ponto. O poder público tem a obrigação de cuidar dele e melhorá-lo, e o cidadão deveria brigar por isso, e não simplesmente querer fugir dele, construindo o seu castelo de cristal motorizado. Quando eu penso que se gastou 1 bilhão para construir um monstrengo como o Túnel Ayrton Senna, onde não passa um único ônibus, me dá vontade de morrer de tristeza, ou então virar um terrorista, e dar cabo de quem fez tal coisa.
Pois é, eu comentei lá porque eu tinha algo a dizer. Eu posso até falar muita besteira, mas eu só abro a boca quando eu acho que o que eu tenho a dizer é relevante para alguém, ou original. Você jamais me verá escrevendo assim: "oi, legal o que você escreveu; passei aqui pra dar um abraço".
E quem sou eu? Bem, como diria minha mãe: "dolorosa interrogação..." :D Eu não tenho blog, nem sinto necessidade de ter no momento. Eu tive um blog secreto em 2003, mas que durou poucos meses e não está mais no ar. Mas eu vou em muitos blogs, e comento que nem um tagarela. Algumas das melhores coisas que eu escrevi na vida estão em caixas de comentários que eu não tenho a menor idéia de como encontrar novamente. Se eu fosse um super-hacker, eu inventaria um sistema para indexar todos os meus comentários espalhados na blogosfera nesses anos todos, e aí quem sabe revolucionaria o formato, criando um blog... só com comentários. :D
Mas tem uma referência que alguns podem conhecer. Eu sou irmão de um dos blogueiros mais respeitados da blogosfera, o Marcus do blog Velho do Farol (pagerank 4, viu? :D ). Pra mim, o blog dele é um dos melhores blogs de música em língua portuguesa, mas ele fala de muitas outras coisas também, e o elogio que eu fiz não tem nada a ver com o fato da gente ter dividido a mesma placenta. É que o cara é bom mesmo. Infelizmente, ele também é de lua, e só escreve quando dá na telha. Mas vale a visita. Vale mesmo. Vá lá e fique também vestido e armado com as armas de Jorge. É de chorar. Eu chorei, de verdade.
http://marcuspessoa.blogspot.com/
No blog dele tem um post escrito por mim. É só procurar no dia 19 de novembro de 2006, "As Filhas da Chiquita". Ah, sim: eu também amo muito ele, mas já estou ficando repetitivo... :D
E como André Pessoa também é utilidade pública, vou terminar esse comentário com a questão do MP3 (pois é, eu tenho múltiplos interesses... :D ). O iPod é uma das maiores enganações da história da tecnologia, e eu fico possesso só de ver as keynotes do Steve Jobs, presidente da Apple, que, para minha completa desolação, é amado pelos geeks. Eu estou doido para que ele vá para a cadeia por lá, num recente processo que está rolando, por manipulação de ações da empresa. Lembro que eu já me irritei uma meia dúzia de vezes com o Pedro Doria, que é um excelente jornalista e blogueiro, mas que comete o pecado mortal de ser um defensor perpétuo da Apple no Brasil. O iPod é frágil, cheio de recursos proprietários que não interagem com ninguém, e feito para tirar o dinheiro dos consumidores, tanto nos acessórios "picotados" (nada é completo na linha dele) quanto na necessidade de comprar periodicamente um novo. Se eu morasse nos Estados Unidos, jamais compraria um iPod, já que existem modelos bem melhores da Sandisk e Creative. Até mesmo o Zune, da Microsoft (sim, aquela que os geeks odeiam) é melhor que ele. O problema é que no Brasil o mercado é pequeno e a presença do iPod é avassaladora, sobrando como alternativa real de mercado somente os "Foston" (sic) bem baratinhos. "Imagem é tudo" (você deve saber disso), e os iPods são lindos. Eles não são porcaria não (longe disso), mas deveriam custar a metade do que custam. Eu, como estou no Brasil, vou comprar um MP3 player e tenho quase certeza que vou ter que morrer num iPod mesmo. :(
É isso. Beijos.
P.S.: a caixa de comentários do Blogspot é meio esquisita, porque não tem espaço para se colocar o e-mail. O meu é andrepessoa@gmail.com (eu não tenho medo de divulgar porque eu sei que o super-Google filtra o spam pra mim).
Olha aí, Silvia, que demais!
ResponderExcluirAchou o André!!!!
Mais uma história da rede.
Ah! espero você no www.vacanarizsutil.blogspot.com, tá?
Beijo bovino!
Oi, querida, como eu costumo dizer, que lindeza de post, heim?! Tudo verdade... eu tb viajo quando te leio e me identifico tanto. Esses dias eu estou meio out, fazendo um trabalho difícil para a pós, mas não é só isso, estou cansada... O bom é que nessa vida tudo passa. Bjs e bom final de semana.
ResponderExcluirOlá Silvia,
ResponderExcluirtambém achei legal vc ter achado o André, que bom que, como ele diz, ele não fechou essa janela pra vc. Conheci o André em 2003, quando ele morava em Belém, eu indeciso pra onde iria morar, vi ele partir pra Brasília e agora está em São Paulo. É uma pessoa ou melhor um PESSOA muito querido pra mim, amigo carinhoso, verdadeiro, inteligente, simpático, engraçado... graças a Deus não tive tempo de conhecer seus defeitos!!! só um que eu acho irrelevante nesse momento. Acho que vc o adoraria se o conhecesse PESSOAlmente.
é claro que também não li seu blog só por causa do André. Também achei interesante. Pela maneira como vc escreve, parece uma pessoa muito sábia, aquelas mãezonas que tem sempre um conselho certo em qualquer hora, foi isso que me pareceu.
Bjs!!!