terça-feira, outubro 31, 2006

Minha resposta...

Para não transformar o Efeito Pimenta em um espaço de debate sobre meu caráter, sugiro que leiam e sintam-se a vontade para comentar a minha resposta para isso tudo lá no meu blog particular: Pimenta nos Olhos, lá no Focaleando.

e vejam... posted by Bruno Ferrari

Jornalistas que não entendem nada, assessores bravos sem razão

Pronto. Se era polêmica que eu queria, a polêmica está armada aqui no Efeito Pimenta.
O Bruno fez um comentário que precisa ser alçado à condição de post, porque ele tenta explicar tudo. Portanto, para evitar que fatos como este voltem a acontecer, vamos a partir de agora, eliminar os comentários anônimos e eu também vou assumir minha identidade verdadeira. Os ofendidos, por favor, separem o joio do trigo, OK? O Bruno e eu nem concordamos em tudo, by the way. Muito ao contrário.

Mas quando o debate deixa de ser saudável e parte para o pessoal, a gente tem que tomar alguma providência....

Segue o comentário do Bruno:

SENHORES,
PARA OS QUE NAO PERCEBERAM, ESTE BLOG É ESCRITO POR DUAS PESSOAS. EU, QUE TAMBÉM ESCREVO HTTP://FOCALEANDO.BLOGSPOT.COM E A SILVIA ANGERAMI, ASSESSORA DE IMPRENSA POR MUITOS E MUITOS ANOS E QUE AGORA É RESPONSÁVEL POR UMA ÁREA DE CONTEÚDOS CORPORATIVOS DE UMA EDITORA PAULISTANA.

POIS BEM, O TEXTO "Glamour da profissão", de 16 de outubro, É ESCRITO POR UMA PESSOA QUE JÁ FOI ASSESSORA DE IMPRENSA E NÃO É DE MINHA AUTORIA. NO CASO, O MEU TEXTO É O DE CIMA QUE SE REFERE APENAS AO FATO DO JABÁ NAO ME INDUZIR A TENDÊNCIA NENHUMA.

PELO CONTRÁRIO, EXALTO NO MESMO TEXTO, MINHA AMIZADE COM MUITAS ASSESSORAS DE IMPRENSA, E QUE NEM POR ISSO ACABO CONTAMINADO POR EVENTUAIS INTERESSES.

CARO ANÔNIMO,

Sugiro que VOCÊ leia direito o blog e veja o autor de cada texto. Também gostaria de esclarecer que não faço a mínima questão de ser conhecido por todo o mundo. Deve ter ocorrido uma falta de interpretação de texto, mas eu em nenhum momento afirmei ser um famoooooso jornalista de tecnologia.

Enfim,

Ana Carolina Alves, que mandou para o seu seleto mailing. Acho que deveria partir de você o "Ops, pessoal, não foi o Bruno Ferrari que escreveu este texto". E para esclarecer, o texto da Silvia Angerami é uma crítica sim, mas exatamente contrária das que fizeram vocês 'assessores que se sentem rebaixados por nós, jornalistas egocêntricos' emputecidos.

Para terminar, gostaria que não questionassem minha honestidade com a profissão, minha ética e etc, sem ao menos conhecer meu trabalho. Lembro que isso dá processo e se você é tendencioso porque seu padrão que lhe paga exige isso, desculpe-me meu caro rapaz, mas você vai mal. Vai mal demais.

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Espero que todos tenham entendido. E continuo a afirmar que jornalistas e assessores são como água e óleo: não se misturam, são de praias diferentes. Ainda que as mesmas pessoas exerçam as duas funções, em momentos distintos das suas vidas, como é o meu caso. Não tem juízo de valor nessa minha afirmação. Credo. Acho que faltam aulas de interpretação de texto na graduação.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Glamour não é capricho juvenil

Como jovem repórter que é convidado para esse monte de coisa, eu digo que jabá não dá credibilidade pra empresa nenhuma. Ficar feliz por ter ganhado uma webcam, por exemplo, não implica em sair caçando notas pra escrever da empresa, tampouco ser ‘mais simpático’ aos releases recebidos.

É uma questão de cultura do mercado. Sempre foi assim. A profissão talvez não dependa de todo esse relacionamento, mas talvez seja uma tática para deixar os colegas menos estressados. “A gente ganha pouco, dorme mal, mas come muito bem e viaja tudo na faixa”. Parece que serve meio de consolo.

Não acho que o deslumbramento seja algo exclusivamente de jovens, mesmo porque a experiência ou inexperiência nesse mercado, muitas vezes, é atropelada pelos interesses comerciais. O jornalismo de TI, principalmente, vem carregado desses interesses. E com certeza o foco dos interesseiros não são os pobres focas em início de carreira, mas sim aqueles que têm o poder na mão.

Glamour? Acho que toda a profissão que mexe com o ego tem. Tem coisa mais glamourosa do que esses eventos de TI para os próprios executivos. Coquetéis regados a Uiques 18 anos, papos de “Você vai pra Angra este fim de semana? Não? Então posso usar seu iate” e por aí vai.

Bato na tecla de que o problema não é o jabá. Porque se fosse, eu não poderia ter a amizade que eu tenho com muitas assessoras e assessores de imprensa. Tem maior jabá que a amizade do cara que te vende a pauta?Acho até melhor, pra dizer a verdade, já que falar um não para um pessoa que te conhece bem é muito mais fácil. “Ih, foi mal fulano, esta pauta não vai rolar”.

Enfim, acredito que o problema, quando ele existe, vem na falta de capacidade de ser flexível, agüentar pressões, aprender com bons exemplos e repudiar os maus. Uma webcam, uma pen drive, ou uma viagem com tudo pago pra Miami, mesmo uma amizade, não muda nem um pouco meu modus operandi...

segunda-feira, outubro 16, 2006

Glamour da profissão



Engraçado. Jornalistas podem ser assessores de imprensa ou jornalistas mesmo. Aqui entra a polêmica: eu, na minha modesta opinião apimentada, acho que assessoria de imprensa e jornalismo são coisas assim como água e óleo. Não se misturam (ou não deveriam se misturar).
O jornalista precisa ser crítico, enquanto o assessor de imprensa tem que rezar pela cartilha do "cliente tem sempre razão".
O jornalista é convidado para eventos, festas, coletivas, viagens, almoços.
O assessor arranca os cabelos para que os jornalistas aceitem seus convites.
O produto do trabalho do jornalista é um jornal, uma revista, um site...
O produto do trabalho do assessor de imprensa é o release (e os infinitos relatórios).
E por aí vai. A lista de diferenças cruciais é praticamente infinita.
Contribuições nos comments!

Assunto n.2:
O deslumbramento que a profissão pode causar aos mais jovens e o perigo de esquecer a ética
Estagiários são convidados a participar de eventos, ganham vários presentinhos e tendem a se deslumbrar com tanto glamour.
O perigo é que, no calor do entusiasmo, podem esquecer que estão ali não a serviço deles mesmos e do seu bem-estar, mas a serviço dos leitores do veículo para onde trabalham. Aí entram questões como credibilidade. Se o aspirante a jornalista deseja ser alguém na vida, deseja ter um nome reconhecido, precisa tentar manter uma relativa independência e não se deixar levar pelos jabás.

É isso. Concorda?

Depois eu volto, quero falar do filme "O Diabo Veste Prada". Vc viu?